terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Em Santidade

                Um novo ano bate à porta e por muitas vezes fazemos o compromisso: “Ano Novo, Vida Nova”! Que tal assumirmos verdadeiramente esse compromisso? Vida Nova! E nos esforçarmos ainda mais para viver conforme a vontade do Senhor! Buscar a cada dia, nos 365 que se seguem,  ser homens, mulheres, jovens, adultos, cristãos, segundo o Coração de Jesus, vivendo “Em Santidade”!
                Fica aí a motivação! Eu assumo também este compromisso para 2011! Que o Senhor nos fortaleça sempre!



Em Santidade - Ministério Adoração e Vida
Letra: Walmir Alencar

Em santidade
Em santidade
Em santidade sobre a terra eu devo andar

Em santidade
Em santidade
Em santidade Tua graça posso alcançar e romper com as trevas

Como posso eu querer que a benção venha sobre minha casa?
Como posso esperar que meus sonhos e meus planos aconteçam?
Como irei compreender?

Se minha vida passa longe da verdade que eu ouvi
E os meus passos já não tocam os caminhos que aprendi
Meu argumento me empobrece e me faz pensar assim:
que estou tão certo e é perfeito o meu jeito de servir

Digo que amo minha Igreja e o chamado que atendi,
Mas já não ouço os conselhos e a Palavra que há em mim

Sonho que um dia a Boa Nova se espalhe até os confins
Mas sem santidade, sem fidelidade toda obra ruma ao fim

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Podas necessárias

                O Natal do Senhor se aproxima, o fim do ano bate à porta - sempre é tempo de avaliar a nossa vida, a nossa caminhada, os nossos relacionamentos – valorizar e louvar a Deus por tudo aquilo que foi bom, mas também buscar mudanças naquilo que não caminhou de maneira produtiva.
                Cultivamos em nossa vida muitas coisas no ano que passou - coisas boas, mas também coisas ruins - plantamos o trigo, mas às vezes semeamos também o joio nos campos de nossa vida. Fomos mais fiéis ao Senhor, buscamos com mais intensidade uma vida de oração, estudos bíblicos, Eucaristias, Confissões, fomos mais fraternos e solidários com nossos irmãos, com nossa comunidade, buscamos ouvir mais? Ou nos deixamos levar pela preguiça, pelo egoísmo, por vícios, por uma afetividade desregrada, rendemos assuntos desnecessários, fomos tomados por sentimentos que não são condizentes com uma vivência cristã?
                Por vezes permitimos que as pragas, as ervas-daninhas impedissem o nosso crescimento, impedissem que nos aproximássemos mais do Senhor, que estivéssemos mais disponíveis ao próximo. Acomodamos-nos em muitas situações durante esse ano, talvez por omissão, por falta de coragem de arrancar o mal enraizado em nós, de romper os vínculos com o pecado e assim fomos tornando-nos frágeis: como plantas que antes viçosas, vão se enfraquecendo, secando, tornando-se debilitadas à medida que são tomadas pelo mal.
                Já nos ensina a sabedoria daqueles que trabalham no campo que, para uma planta que está enfraquecida, raquítica e que não produz bons frutos cresça forte novamente é necessário podá-la! Conosco acontece da mesma forma! Precisamos ser podados para não crescermos deformados, ou então morrermos.
                Comece tirando da sua vida tudo aquilo que lhe faz mal, tenha coragem de remover os seus excessos, os fardos que lhe pesam e dificultam a caminhada. São podas muitas vezes doídas de se fazer, mas que no fim das contas percebem-se necessárias. Quem não é podado vive cheio de deformidades interiores e não faz progresso na vida espiritual.
                Cada corte que fazemos em nossa vida é um não ao nosso egoísmo, aos nossos melindres, e ao mesmo tempo é uma porta aberta ao Espírito Santo que vem para renovar o nosso viver!
                O que você tem cultivado no seu dia-a-dia? Como está a sua intimidade com Deus, com seus irmãos?  Em que ou a quem você tem se apegado? Experimente analisar sua vida à luz do Evangelho e comece arrancando o mal pela raiz, ou podando os excessos em você!
                Esforce-se! Saiba que contamos com a graça divina e temos aí uma grande força para cultivar em nossos corações aquilo que é bom!
                Deus o abençoe neste teu esforço por ser melhor! Também estou neste processo de podas necessárias! Conte com minhas orações!               
                Seu irmão,
                Mateus Fernandes

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

No Altar da Amizade!


”Tiram o sol do mundo aqueles que tiram a amizade da vida.” (Filósofo Romano)
                O nosso coração tem sede de ser completo, somos assim, com lacunas em nosso ser, espaços a serem preenchidos com a presença de Deus! Com o Deus a Quem voltamos as nossas orações, o Qual recebemos nos Sacramentos, mas também o Deus que habita o coração dos nossos amigos, surgindo aí a necessidade de nos relacionar cada vez mais profundamente, ter amizades verdadeiras, relacionamentos verdadeiros!
                Em um mundo de cheio de inseguranças e desconfianças não é fácil criar laços profundos. O medo de nos expor, de mostrar nossas verdades, de rasgar o nosso coração ao irmão, nossas reservas pessoais, associadas às frustrações em relacionamentos anteriores, decepções, traições, faz com que vivamos cada vez mais sozinhos – mesmo que isso não seja o que realmente desejamos. Encontramos muitas pessoas na solidão, mas com o coração sedento de ter alguém por perto, alguém em quem confiar, partilhar, rir e chorar. Mas que permanecem sozinhas, por medo de abrir o coração, com medo de se ferir novamente, por desconfiar...
                Temos sempre de nos lembrar que não existem certezas e seguranças para aqueles que são amigos de verdade. Da mesma forma como não estaremos certos de que aquele amigo não nos abandonará, não trairá. É correr sempre um risco!
                 Jesus veio nos mostrar o quanto vale a pena correr este risco, por isso escolheu doze homens cheios de defeitos e limitações, mas que também tinham muitas qualidades! Arriscou e confiou ao escolher Pedro, Mateus, João, Tomé e todos os outros, assim como arriscou-se e confiou ao escolher Judas Iscariotes como um de seus apóstolos, revelou Seus segredos, amou, cuidou, mas ainda assim foi traído. Cada vez que amamos, corremos um risco e isto nos aproxima do Senhor!
                Jesus vem nos mostrar que correr esse risco vale a pena se vivermos a amizade no amor que se doa e que quer fazer o outro feliz. Podemos até pensar com desconfiança, pois Judas traiu o Senhor, mas ao mesmo tempo podemos refletir que outros onze Lhe foram fiéis e uma multidão que veio após assumiu o compromisso com as Suas causas, com a vontade do amigo – Deus, seguindo o ensinamento máximo da amizade deixado por Ele:
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos (Jo 15, 13).
                Este é o ápice de uma amizade verdadeira, o ponto máximo de nossa entrega a um coração amigo - doar a nossa vida em favor do outro - Doar a nossa vida é fazer de nossas amizades um altar – altar o lugar da oblação, dos sacrifícios, da entrega, do oferecimento de nós mesmos, dos nossos gostos, desejos, nossas verdades.
                Amizade é altar, é lugar da renúncia pessoal, onde escorre vida, lágrimas, sentimentos, sangue. Quanto mais nos doamos, mais nos fazemos altar e assim mais próximos do Coração de Jesus nos encontramos!
                As amizades verdadeiras são sagradas, são aquelas que a todo instante - nas partilhas, na verdade revelada - os amigos expõem suas qualidades, mas também suas misérias, suas fraquezas, se entregam, se lançam! E podemos dizer que aí se deita a toalha branca sobre os altares da nossa vida, acendem-se velas que se consomem no amor, e celebra-se também Eucaristia, a presença viva de Jesus em nós!
                 Ser altar é nossa maior necessidade hoje! Estabelecer laços, amizades que nos elevam! O altar nos leva a alcançar a Deus. Se uma amizade não me leva ao Senhor, ela perdeu a sua essência!

                Santo Agostinho nos ensina que “um amigo é uma única alma habitando dois corpos”. Só se aprende o que é ser a metade da alma de alguém sendo verdadeiramente essa metade, vivendo essa amizade, habitando no também o coração do outro.
                A amizade é fonte, de águas puras, que correm, que se doam espontaneamente. O amigo também vai ao encontro de quem precisa e não espera que venham até ele. Não podemos correr o risco de fazer de nossas amizades um poço, esperando que venham até nós para saciar-se - água parada logo cria lodo, sujeira e fica com mau cheiro. Perde-se a graça da amizade, da doação, da entrega!
                A verdadeira amizade nos revela a importância de se estabelecer laços fortes, de cativar e por essa razão, torna-nos responsáveis, já nos diz Saint Exupéry, autor de “O Pequeno Príncipe” - “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, logo, ao cativarmos alguém, roubamos o seu coração, nos responsabilizamos também por sua vida, somos ETERNAMENTE responsáveis por esse anjo-amigo que Deus nos deu, exigindo de nós confiança e o compromisso com o partilhar de vida, de histórias: preocupações, alegrias, tristezas, sucessos, fracassos… assim como nos comprometemos com o partilhar do Pão!
                À medida que confiamos nas pessoas, nos revelamos a elas - o termômetro de nossas amizades é a nossa confiança - quanto mais comunhão, mais confiança - sinalizamos que estamos cada vez mais entregues ao Senhor e por isso não temos medo de nos doar.
                Já diz o Livro Sagrado, em Eclesiástico 6, 14s - “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé.”
                Quantas das vezes estamos em situações difíceis e os nossos amigos vêm em nosso favor, nos sentimos desamparados, sozinhos, abandonados diante das mais diversas situações e um simples abraço amigo nos dá toda a segurança do mundo. Por isso já diz o Autor Sagrado, “Quem o achou, encontrou um tesouro” - Amigos são tesouros, assim como o outro, a prata e o diamante, muitas vezes brilhantes e reluzentes - os dons, as qualidades afloradas - engrandecem o nosso viver, mas por vezes também encontramos nossos amigos como pedra bruta, à vezes com aparência de cascalho, sujo - cheios de defeitos e limitações - e cabe a nós a ajudá-los a se descobrirem, a resgatarem a sua essência, lapidar! Assim como nós muitas vezes precisamos de ter nossa sujeira lavada, nossas arestas aparadas, enfim, ser lapidados, pelas mãos amigas, continuando assim a obra do Divino Artista!
                Certa vez ouvi de um poeta - amigo que felizes são aqueles que o amam com seus jardins, com suas qualidades, com suas belas flores e que exalam perfumes, mas que mais felizes ainda são aqueles que o amam com os seus chiqueiros, com suas misérias e defeitos! Amar os amigos com seus chiqueiros nos aproxima do grande amor que Deus tem por nós!
                Amizade é dádiva, é graça de Deus, já nos disse o Santo Padre, o Papa Bento XVI que “a amizade é uma das manifestações mais nobres do coração humano e tem em si algo de divino”, eu ouso dizer que as amizades são uma escolha divina e não meramente humana, a Mão de Deus pousa sobre o coração de duas pessoas, nas mais diversas situações, estabelecendo ali um elo muito forte, um elo de amor, que nada pode quebrar!
                Amizade é Sacramento, um sinal visível do amor de Deus por nós, daí a necessidade de cultivar como todo cuidado, assim como cuidamos da Eucaristia, como valorizamos o Batismo, Crisma, Ordem e o Matrimônio, tendo como palavra de ordem, o Amor - as amizades verdadeiras são assim, quanto mais nós as conhecemos, mais as amamos.
                Não tenhamos medo de escancarar os nossos corações, revelar os nossos jardins e os nossos chiqueiros. Não tenhamos medo de deitar toalha branca no altar da nossa vida, e nos sacrificar, nos arriscar e amar intensamente, assim como Jesus fez e faz conosco a cada dia!  
                Corramos este risco!

Deus o abençoe!
Seu amigo, seu Altar,

Mateus Fernandes

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um sermão a balançar no peito!


Na Festa de Exaltação à Santa Cruz que celebramos hoje, este texto de Pe. Zezinho, scj, nos ajuda a  pensar e viver a nossa fé na Cruz Redentora de Cristo! Vale a pena conferir!                


Um sermão a balançar no peito! 
Pe. Zezinho, scj

                  "Faz 50 anos que carrego um sermão pendurado no pescoço. Decidi aos 18 anos que assim o faria. E é o que tenho feito. Eu levo uma cruz comigo. Em geral, por cima da camisa.
                Além da cruz no peito, tenho várias outras em casa. Você também as tem. Há quem não as leve, nem as tenha. Direito dele, direito nosso!
                Não sei por que você as tem ou leva, mas imagino que suas razões sejam as mesmas que as minhas. É questão de fé. Não é para me exibir. É para testemunhar a quem quer que me veja com aquele metal a balançar no meu peito que acredito na pessoa, na vida e na morte de Jesus de Nazaré a quem vejo como o Cristo, e, indo mais longe, a quem adoro como filho de Deus. Direito meu! Se alguém não crê, direito dele!
                Já fui contestado por causa da cruz no meu peito. Há quem diga que é lúgubre e que cultivo a morte e a derrota. Segundo ele, eu deveria levar uma frase que proclame a ressurreição e a vida, ou uma imagem de Cristo ressuscitado. Opinião dele! Eu tenho a minha! Ele sabe por que não leva uma cruz nem a tem na sua casa.
                Eu respeito e não discuto suas razões. O peito é dele e a casa é dele! Mas se ele não sabe por que eu levo uma cruz ao peito e tenho outras em casa e no meu carro, eu sei!
                 Não levo cruzes para dizer onde Jesus está e sim para dizer onde ele esteve e de que jeito encheu de esperança milhões de crucificados.
                 Se até alguém inocente e puro como Jesus acaba na cruz, então todas as cruzes podem ter um sentido e todos os crucificados podem transformar sua derrota em vitória, porque dois dias depois, de madrugada, ele tinha vencido a cruz e a morte.  Tinha ressuscitado!
                 Na minha teologia cruz e ressurreição não se opõem. Antes, complementam-se. Foi ele quem disse que quem não levasse a própria cruz e, de quebra, a dos outros não seria digno dele. (Mt 10,38 )
                 Acredito nos crucificados, acredito nos descrucificadores. Só não acredito em crucificadores, os que tudo fazem para esmagar e destruir os outros.
                É por isso que levo uma cruz comigo. Contra ou favor, espero que quem me vir de cruz no peito se pergunte porquê. É meu jeito de não permitir que o mundo esqueça o que fizeram com Jesus e o que fizeram e fazem com milhões de homens, mulheres e crianças mundo afora. (1 Cor 1,17) O mundo é uma gigantesca indústria de cruzes. E os violentos e maus se encarregam de nunca deixá-las vazias.
                É meu grito de protesto contra todos os crucificadores de plantão. É também meu grito de gratidão pelo que Jesus fez em favor dos feridos e oprimidos. Ele disse que daquela cruz atrairia todos a ele. ( Jo 12,32 ) E atraiu bilhões de almas.
                Quem não quiser levar uma cruz, não leve! Quem não a quiser ter em casa, não tenha. Eu levo e tenho. Foi Paulo que disse que a cruz é vergonha só para os pagãos.  Para nós é sinal de coragem e de solidariedade.
Entre Pilatos, Anás e Caifás e Simão Cireneu eu fico com Simão Cireneu. Os três primeiros comandaram a crucificação de Jesus. Simão ajudou a levar a cruz daquele que até hoje ajuda milhões a carregarem suas cruzes cotidianas.
                Isto mesmo! Pendurei uma cruz ao meu pescoço! E aqui, ela balançará enquanto Deus me der uma réstia de vida. Minha cruz fala até quando eu fico quieto!  É meu sermão silencioso que diz o tempo todo: não esqueçam as dores do mundo!"

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lectio Divina - A Leitura Orante da Palavra de Deus


“A “Lectio Divina” poderia trazer uma nova primavera espiritual na Igreja.”  - Papa Bento XVI
“Conhecer o coração de Deus através das palavras de Deus”  - São Gregório Magno


“A leitura assídua da Sagrada Escritura acompanhada pela oração permite este íntimo diálogo no qual, através da leitura, escuta-se Deus que fala, e através da oração, responde-se com uma confiada abertura do coração”  -   Papa Bento XVI


            A Lectio Divina é uma prática que consiste em “rezar a Palavra” e tem por objetivo comunicar a sabedoria de Deus, apresentando-nos os caminhos de salvação (2 Tm 3,15), possibilitando um encontro pessoal com o “Deus Vivo”. Esta prática nos proporciona também a perseverança nos caminhos de Deus, o consolo e também esperança (Rm 15,4).
            A Leitura Orante da Palavra de Deus exige de nós uma atitude de fé, atualizando nos nossos dias, nas nossas vidas a Palavra de Deus. Abrange como método de leitura bíblica, as duas dimensões essenciais: Palavra e Vida.
            Esta é uma prática Eclesial, Cristológica, animada e orientada pelo Espírito Santo, e que leva à conversão dos nossos corações à vontade de Deus

Histórico:

- Orígenes (185-254 D.C) – “Para ler a Bíblia com proveito é necessário fazê-lo com atenção, constância e oração”
- Santo Agostinho, São Basílio e São Bento faziam dessa prática, junto ao trabalho manual e a liturgia, a tripla base da vida monástica (Coluna Vertebral da Vida Monástica)
- Monge Guido (1150) – Sistematização da Lectio Divina em degraus – “A escada dos monges”,

Como fazer?

Preparação do Ambiente: Em particular, coloca-se a Bíblia aberta, pode-se acender velas, usar uma música de fundo, que auxilie na intimidade com Deus. Pode ser realizada individualmente ou em grupo.
            Invoca-se ao Espírito Santo para que Ele venha abrindo os corações e dando subsídios para acolher a Palavra de Deus e atualizá-la nas nossas vidas. Depois busca-se a passagem bíblica e inicia-se com os quatro degraus da Leitura Orante:

1)      Leitura
2)      Meditação
3)      Oração
4)      Contemplação

1) Leitura (Lectio):  O que diz este texto? (Apropriar, situar, respeitar o texto)
            - Silenciar as vozes exteriores e o coração
            - Ouvir e fazer a leitura de forma atenta.
            - Trata-se de ler o texto com a finalidade de recolher dele mensagens, sugestões, inspirações.
            - Procurar conhecer elementos fundamentais do texto (Contá-lo para si mesmo com as próprias palavras).
            - Simultaneamente faz-se a leitura da Bíblia e a leitura da Vida

“Deus nos chama para “falar ao coração”. É preciso pedir um coração dócil à Palavra, aberto à escuta”

2) Meditação: (Meditatio) O que diz este texto, para mim? (Ruminar, dialogar, atualizar)
            - Procurar valores permanentes ou mensagens no texto.
            - É necessário dialogar com o texto - De que modo pode o texto ser aplicado nos dias de hoje, em especial à minha vida?
            - Nesta identificação, desaparecem as diferenças entre a Bíblia e a Vida, entre a Palavra de Deus e a nossa palavra – Tudo se atualiza!
            - A Lectio “rompe a casca”, a Meditatio faz provar os frutos do Espírito.

3) Oração: (Oratio)  O que este texto me faz dizer a Deus? (Suplicar, louvar, orar)
            - É a resposta de adesão à Palavra
            - A oração pode ser de louvor ou Ação de graças, súplica, perdão...
            - Pela meditação e oração cria-se espaço onde a Palavra faz o que diz, traz o que anuncia e assim comunica sua força – é sempre eficaz! A palavra rezada está chamada a entrar na vida concreta.
            - Reflete o itinerário espiritual daquele que crê.
            - Pode-se rezar com um Salmo apropriado.
            - A oração tem duas vertentes: vertical e horizontal (em direção a Deus e aos irmãos)

4) Contemplação: (Contemplatio)  Deus e eu (Discernir, agir, vivenciar)
            - Proporciona um tempo de comunhão íntima com Deus.
            - Nos permite descobrir o sentido espiritual do texto (o que o Espírito Santo quer comunicar através dele?)
            - O Senhor nos convida a adentrar na “Palavra” e estar na presença de d’Ele
            - Desfrute do tempo em que está em Sua presença, limite-se a estar com Ele e deixe que Ele o ame e refresque a sua alma!


Considerações finais:

         - A Leitura leva o alimento sólido à boca, a meditação mastiga-o e digere-o, a oração nos permite provar o seu gosto e a contemplação saboreia as alegrias da doçura eterna.
            - Todo o processo da Lectio Divina nos conduz ao serviço e à Evangelização, à comunicação aos outros da experiência vivida.
            - Pode-se fazer com qualquer Evangelho, mas é recomendado seguir o Evangelho do dia;
            - De preferência um período diário de 30 minutos é desejável. Se não puder, faça 5, 10 minutos, o que lhe for possível.
            - É essencial deixar Deus falar à falar o que precisamos ouvir e não o que queremos – Conversão
 
                                              
Resumo:

1) Leitura – O que o texto diz?
2) Meditação – O que o texto me diz?
3) Oração – Ore com a sua meditação!
4) Contemplação – Contemple a cena que se passa no texto lido!


Vamos à prática? 
Desfrute você também desta riqueza da Igreja!

Deus o abençõe!
Seu irmão,

Mateus Fernandes

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um Coração vai adiante...


                A vida vai, a vida vem e em meio a este trânsito de “idas e vindas” me encontro, por vezes apenas olhando. Percebo então que é desperdício do dom que recebi , permanecer estático, vendo a  vida passar, ir e vir... preciso me envolver, estar nela, viver!
                Por vezes me vejo perdido, com medo ou ainda inseguro... olho para dentro de mim, pro meu coração então apertado e percebo que meus olhos não estão fixo n’Aquele que é o Caminho!
                Uma luz então se acende em minha mente e no meu olhar! Fito adiante e o que vejo?
                                                       Foto e montagem: João Vitor Calvelli
                 Vejo Uma Luz, Um Homem, um Pedaço de Pão!  Exatamente! Meu coração se tranqüiliza! Um Deus caminha à minha frente, me mostra o caminho e me faz seguro!
                Nada mais temo! Respiro em paz! O meu coração não mais se angustia, mas bate no compasso do Coração d’Aquele que vai adiante!
                Quero então ir além e assim....
                Apenas O sigo... Ele me conduz...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Meu Deus quis assim...

Depois de escutar esta música inúmeras vezes, hoje o Senhor falou muito comigo através dela e me permitiu mais uma vez experimentar o Seu infinito Amor... partilho assim com vocês... Permitam-se ser tocados pelo Senhor...

"Deus olha pra mim
Com seus olhos me guia aonde eu vou
Não me deixa esquecer quem eu sou
Em sua casa há sempre um lugar pra quando eu voltar..."





quinta-feira, 17 de junho de 2010

Seguindo em frente...

















O bom da vida é seguir em frente, é ir adiante! Não podemos ficar parados e assim nos deter na planície... Caminhar com Jesus é assim, a gente nunca sabe prá onde vai, só se sabe “que vai”... E isto basta! Só Deus basta!



"E nessa procura vou me aventurando, vou criando asas que me levam longe! É pro Alto que eu vou!" - Iluminar - Pe. Fábio de Melo

sábado, 12 de junho de 2010

Sagrado Coração de Jesus

"Foi Teu Coração que me ensinou palavras que não passam! No Teu Coração coloquei o meu, minha religião vem de ouvir Teu Coração..."
Palavras que não passam - Pe. Zezinho, scj
 

"Com eterna caridade nos amou o nosso Deus;
e exaltado sobre a terra,
atraiu-nos para o seu compassivo Coração."
 

Antífona I Vésperas - Oração das Horas
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em Vós!

Vivat Cor Iesu!

domingo, 30 de maio de 2010

Porque te amo Maria...


Neste encerramento do mês de Maio, mês dedicado à Nossa Senhora, nada como uma homenagem à nossa Mãe Maria através das palavras de nosso querido 
Pe. Zezinho, scj.

Porque te amo Maria...

"Porque foste escolhida por Deus
Porque soubeste responder ao seu chamado
Porque permaneceste fiel ao Deus que te chamou
Porque todos os dias aprofundaste o teu chamado
Porque refletia sobre o teu chamado
Porque não deste um sim ingênuo a Deus
Porque soubeste ser mulher em todos os momentos
Eu te louvo, Maria

Porque foste em teu filho mulher libertadora
Porque permaneceste garantias da grandeza da mulher
Porque permaneces o ponto mais alto da feminilidade
Porque simbolizas na Igreja o eterno feminino
Porque permaneceste cheia de graça
Eu te louvo, Maria

Porque ouviste e praticaste a palavra do teu Deus
Porque buscava entender o que se passava contigo
Porque amaste o teu povo de Israel
Porque antes de levar Deus no ventre já o tinhas no coração
Porque sabias orar e perseverar na oração
Eu te louvo, Maria

Porque amaste José em todas as circunstâncias
Porque em teu ventre de virgem a palavra se fez vida
Porque soubeste ser mãe na pobreza e na dificuldade
Porque soubeste aprender com o filho que nascia
Porque soubeste aprender com o filho que crescia
Porque soubeste educar o filho no diálogo sereno e franco
Eu te louvo, Maria

Porque sabias pedir ao filho em favor dos outros
Porque soubeste incentivar o filho a se manifestar ao povo
Porque entendeste a missão profética do teu filho
Porque foste a primeira cristã da história
Eu te louvo, Maria

Porque assumiste as dores e os riscos do teu filho
Porque estavas junto e perto do teu filho
Porque assumiste o evangelho do teu filho
Porque sentiu o evangelho se desencarnaria
Porque soubeste ser um dos pontos altos da criação
Eu te louvo, Maria

Porque soubeste ser mãe para os discípulos do teu filho
Porque te tornaste modelo de mulher e de Igreja
Porque te proclamaste e agiste como servidora do Senhor
Porque soubeste ser o primeiro grande fruto da Igreja
Porque assumiste o papel de mãe da vida nova
Eu te louvo, Maria

Porque és a verdadeira mãe de Deus e mãe dos cristãos
Porque demonstra predileção pelos pequenos oprimidos
Porque assumes as cores e feições dos mais desprotegidos
Porque és a pessoa humana que esteve mais perto de Deus
Eu te louvo, Maria

Porque foste preservada da corrupção do pecado
Porque és membro super eminente da Igreja
Porque soubeste assumir a palavra de forma consciente
Porque soubeste formar com José e Jesus uma família feliz
Porque assumiste as conseqüências da tua maternidade
Porque não ocupaste nunca o lugar que é do teu filho
E porque permaneces apontando sempre para ele
Eu te louvo, Maria

Porque é modelo completo de fidelidade a Jesus Cristo
Porque com Jesus foste e continuas fazedora da história
Porque soubeste profetizar mesmo no silêncio
Porque sabes orar mais do que todos nós juntos
Porque sabes interceder melhor que todos nós ao teu Jesus
Porque muitíssimos povos e religiões te veneram
e porque a Igreja permanece testemunha fiel de Jesus Cristo
Eu te louvo, Maria

E nunca vou pedir desculpas por te louvar
eu sei que não és Deusa mas entre os seres humanos
depois de Jesus o verbo de Deus encarnado
eu duvido que alguém tenha sido mais santo
bendita por tua caridade
por tua santidade
por tua humildade
Bendita primeira cristã que me apontas o tempo todo
o teu Jesus, mãe dEle mãe, minha e por isso eu te chamo
Senhora e Rainha
                                                    Amém."

Pe. Zezinho, scj